Meu primeiro acampamento
Meu primeiro acampamento...
Nunca fui adepta a arte de acampar, passar horas ou até mesmo dias em contato total com a natureza nunca fez parte dos meus desejos, mesmo trabalhando em uma casa de caça e pesca. Dizem que a experiência é a alma do negócio, então vamos lá né.
Depois de muita insistência, digo muito mesmo, pois sempre recusei qualquer convite que contasse com barraca + mato + sapo + mosquito e seus afins. Mas com o tempo isso se tornou quase que inevitável, pois todos os convites que recebia era ou atirar, ou pescar, ou acampar, e como pescar e atirar é algo que eu gosto e muito, resolvi dar uma chance para meu lado aventureiro, e foi a pior escolha que eu fiz, sério mesmo, se tivesse ido pescar não teria passado por tudo que passei.
Mas como nem tudo são flores....
Arrumei a mala com tudo que eu iria precisar, afinal eu sou quase que especialista na arte de vender produtos para Camping para meus clientes, bom lembrar disso quando você percebe que os itens mais importantes você nem cogitou em levar.
Repelente, sim repelenteeeeeeeee, nunca, jamais esqueça de levar repelente para acampar, pois os mosquitos sabem quem tem e quem não tem, e eles escolhem a dedo as pessoas desavisadas ou esquecidas como eu. Estava tudo maravilhoso até a primeira picada e depois a segunda e a quinta, Meu Deus o que eu fiz para merecer aquilo, nunca tinha visto tanto mosquito morando junto por metro quadrado. Hoje eu sei que tenho alergia a mosquito, por um lado foi bom não ter levado repelente, foi ali que aprendi o quanto posso ser forte.
Depois da tristeza de saber que repelente é importante e não ter sequer um lugar próximo para comprar, vamos para a parte de montar nosso gazebo, afinal precisamos de um lugar para nos proteger do sol. E começou nossa segunda saga, o que aprendemos sobre montagem de produtos: é que sempre devemos ter o manual de instrução por perto, e que com ele podemos montar um gazebo em menos de 5 minutos e não levar 2 horas e 36 minutos tentando fazer combinações estranhas com as varetas do gazebo, até acharmos o bendito manual que acabou com nosso sofrimento, então se eu posso te dar um conselho, leve sempre junto o manual, ele te livra de muito trastorno e raiva desnecessária.
Depois de todo tormento ter passado, os mosquitos acostumados com nossa presença, resolvemos montar as barracas, encher os colchões infláveis, deixar tudo pronto para a chegada da noite, e é ai que você aprende o que ninguém te ensinou, que o colchão deve ser inflado já dentro da barraca, e que de maneira nenhuma um colchão de casal vai passar por uma porta de barraca 2X2, sério gente ele não passa, e se passar vai quebrar alguma vareta dessa barraca, bom, pelo menos foi isso que nos aconteceu, ficamos com uma barraca quebrada, mas com um colchão de casal dentro, no final saímos vencendo.
Depois de tudo organizado resolvemos aproveitar o sol com um banho de piscina, e descobrimos o quanto o sol queima quando esquecemos de protetor, sim ele queima muito: queimadura de segundo grau para ser mais exata, então outra dica bem importante: nunca esqueça do protetor solar.
Nossa só desastre nesse acampamento? Não, claro que não, teve muitos momentos ótimos, não contando o fato de também termos esquecidos dos pratos, e termos que comer com as mãos.
Depois de todos esses acontecimentos nos sentimos felizes por passar um final de semana entre amigos, e por mais desastroso que tenha sido aprendemos muito com todos nossos esquecimentos.
Agora sempre temos um checklist antes de sairmos rumo a nossas aventuras, mas isso é assunto para outro post...
Eonara Velho
Vendas Samburá